Como é que tudo começa mesmo?
Agarrar em nós e dar seguimento ao que a nossa mente comanda e há que deixá-la comandar de tempos a tempos, pois no fundo, ela tem toda a razão e todo o movimento debaixo dos seus dedos. Agrada-me pensar e, sobretudo, sentir que não preciso de mais nada para subsistir além de música, pão e água. Certamente que desse lado há quem releve o facto de que a água é o mais importante dos três enumerados e eu acedo, concordo e confirmo. Mas sem pão não haveria nada que amassar e nesta vida não há motivos por que deixar estragar todo o pão que nos oferecem ou que trabalhosa e honestamente se torna nosso por direito. Há que deixá-lo descansar enquanto é feito – no caso de querermos fazê-lo de raiz -, temos então de repousá-lo só, deixando o fermento actuar. E isto torna-se um universo culinário de repente. Mas de facto, abrindo a mente que ficou lá atrás - que nos acompanha, nos lidera e nos é sombra consoante desejarmos -, acontece que tudo se torna mais simples, mais fácil mais verdadeiro.
A música sempre foi um motor de busca, uma forma de comunicação, a forma mais poética – se mo permitem – de comunicarmos uns com os outros, de mandar recados, de nos declararmos, de nos despedirmos.
Os três, neste momento, são tudo o que necessito.
Maria Rocha,
27 de Junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
lição # 4 e início à Poesia
1)
toda a minha tranquilidade
toda a minha tranquilidade
aguarda uma revolta
para que possamos
construir
um lar
no meio dos
oceanos
- lembrei-me de nós e este é o meu primeiro poema entre tanto tempo passado. acredito firmemente que a vida toma o rumo que tem de tomar. que há períodos em que temos de nos dar espaço para que quando nos reúnimos novamente tenhamos todos os mundos para trocar e sentir.
À Lara, à Vanessa e ao António,
2)
com o passar dos dias, vou encontrando o meu ritmo, o meu passo mesmo. e com eles encontro também um pouco mais de tranquilidade e de que, apesar em alguns minutos antes de dormir receie o tempo e a minha estada aqui belisco-me, compreendo que era exactamente disto que precisava - de que preciso. às vezes, assusto-me com a minha exactidão e de quão bem me conheço. mas falta tanto, mas tanto. apaixonada já estou; por tudo o que consegui até hoje, pela mudança tão intensa que fiz no meu carácter e na minha capacidade de buscar nos outros o seu melhor e guardá-lo também em mim.
sábado, 25 de junho de 2011
lição # 3
a minha Mãe sempre passou uma força imensa, uma espécie de coragem que se auto-renova quando parece estar tudo a esmorecer. é por isso que decidi transformar o meu conceito de tempo. decidi moldá-lo à minha vontade e ao meu querer. creio que o meu lugar, por algum tempo, será aqui. creio também ter muito que aprender com quem me rodeia, com que vivo no momento e com que me vou cruzar. e devo fazê-lo sem medos. devo mesmo proporcionar os acidentes de que falei lá atrás, há um par de anos. senti-me sempre a destoar de onde estava e aqui não é excepção. no entanto, devo-me o direito de procurar, de me procurar - mesmo que nunca me venha a encontrar. julgo que a viagem, por si só, me trará tudo o que busco e algo mais. quando regressar levarei certamente uma bagagem imensa cheia de coisas que me farão sorrir. e é bom começar esta viagem aos 24 anos. nunca tarde, nunca.
da vossa e sempre,
maria
sexta-feira, 24 de junho de 2011
recado
sempre fui uma pessoa de dar tiros no escuro. e errando fui sentindo o que queria dar de passos cegos. ainda não sei o caminho, mas acho que enquanto cá andar, pé ante pé, não vou querer sabê-lo de cor.
tenho receio, mãe, mas tenho muito mais coragem.
maria rocha
24 Junho, Canárias, 2011
tenho receio, mãe, mas tenho muito mais coragem.
maria rocha
24 Junho, Canárias, 2011
domingo, 22 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
lição #1
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